Aquele que se dispõe a
caminhar lado a lado com Jesus precisa esquecer sua dor, para compreender a dor do
outro.
Não existe benção maior do
que a do trabalho. Trabalhando, sentimos que nossa dor é tão pequena
diante da dor do outro. Acabamos por abandonar nossa dor para aliviar o
tormento e a dor do outro.
Vejamos a mensagem do Evangelho que nos coloca, em sentido, o
raciocínio e uma noção daquele que se dispõe a servir a Jesus. Uma forma de
consciência: porque se olharmos por individualidade, vamos olhar a nossa emoção
e esqueceremos a razão. E uma emoção sem razão fica totalmente descontrolada,
desequilibrada e, muitas vezes, desacreditada.
Lembremos de Jesus,
lembremos de Kardec que nos deu a Ciência, Filosofia e a Religião, para que
possamos trilhar com todo o conhecimento que está dentro de cada um de vocês,
que estão em busca de oportunidades.
Não devemos esquecer que
temos um só sentimento, os outros foram criados por nós mesmos; pelo nosso
desatino, pela nossa imprudência, pela nossa inconsequência.
O que temos dentro de nós é
o Amor. Por que navegar no ódio? Onde está neste Livro
Bendito, esta palavra: ódio? Este sentimento? Não há.
Jesus nos ensinou o que é o Amor
e exemplificou com a sua conduta, com o caminho que percorreu ao longo da Tua
caminhada e o término de tudo foi ali no Monte das Oliveiras, crucificado pelo Amor
do Pai por todos nós.
Que reconhecimento teve?
Teremos, um dia sim. Mas qual reconhecimento?
Ainda vivemos a época de
Jesus. A época do império e das barbáries e dos sentimentos mesquinhos. E Ele o
que fez? O que deixou de legado a cada um de nós? O que temos utilizado do Seu Ensinamento, de
que forma temos feito uso?
Quem é nossa família? Quem
são nossos pais? Nossos irmãos e nossos filhos? Algum de vocês conhece? Não conhecem,
porque não conhecem nem a vocês mesmos...
Se conhecerem o que tem
dentro de cada um de vocês, com certeza tudo seria diferente. Iriam compreender
o olhar, iriam compreender o tocar, iriam compreender um abraçar.
Saberiam como caminhar.
Saberiam como fazer, utilizando os mecanismos do Amor, da Verdade
e da Vida. Iriam se importar com estes que estão ao lado a peregrinar
o quê?
O que estamos fazendo com
nossa Doutrina? O que estamos fazendo com nossos irmãos? Estão alimentando-os
com os mesmos vícios de ontem, que estão dentro de cada um?
Procriamos e criamos, mas de que
jeito? Ensinando os mesmos vícios? Por que não ensinamos as virtudes?
Qual a maior virtude de um espírito? A maior virtude de um espírito é servir a Deus e para servir a Deus
requer que façamos sacrifícios. Assim como Teu Filho se sacrificou na
cruz... Qual de nós teria essa coragem? Porque naquele momento Ele não olhou
para Si, olhou para aqueles que ali estavam e disse: - Pai perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem... Esqueceram de querer a
Ti, mas querem a Mim crucificado e morto e o que Me importa a Mim diante de Ti
Pai...
Não sou nada. Não serei
nunca nada, e agora compreendo o que era o Teu amor por mim e por nossos
irmãos.
E nós Senhor? Quantos de
nossos dias e das nossas noites vamos usar para olhar o outro e crucificar o
outro, porque ainda não compreendemos a animosidade que existe entre eu e o
outro.
Por que não compreendemos o Amor?
Por que não compreender o irmão com amor?
Onde está a grandeza de todos nós?
Onde está a evolução que todos falam?
Onde está essa evolução que vocês que
conduzem o nome da Doutrina tem feito? Tão pouco... E ainda atribuem ao Mundo
Espiritual que nada pode falar, pode dizer através de cada um de vocês.
Onde está a razão, se o
inimigo que está a me perseguir hoje que é meu irmão: foi meu companheiro, foi
meu pai, foi a minha mãe, foi meu filho, foi a nossa vida?
Se aproveitássemos numa
encarnação a vida que temos, com certeza nas vindouras, não teríamos
mais a vida: teríamos a essência da vida, que seria Deus, Jesus, o Amor em toda sua plenitude.
Que o Bendito nos abençoe.
Dr. Claudionor de Carvalho
17/08/2010