"EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA" JESUS

"... a sabialidade não está naquilo que se faz, está naquilo que você sente em fazer." Dr. Claudionor de Carvalho

domingo, 5 de janeiro de 2014

ENTREVISTA COM DORA INCONTRI

Sendo o espiritismo uma doutrina de profundas conseqüências morais e sociais como abordaríamos os jovens da nova era ou como levar a doutrina a estes jovens? Resposta: Com a proposta racional, coerente e profunda do Espiritismo bem estudado e bem compreendido. A doutrina contém as respostas necessárias, para satisfazer as ansiedades humanas permanentes e os conflitos do atual momento histórico. Mas… 

O movimento espírita está longe de compreender e praticar essa proposta. Por isso, tantos jovens, que fizeram evangelização, mocidade e pertencem a famílias espíritas, quando chegam à Universidade, acabam por deixar a nossa doutrina.. É que o Espiritismo tem evidências científicas, coerência filosófica, experiências religiosas desprovidas dos dogmatimos e hierarquizações, misticismos e alienações passadas e além disso é uma proposta pedagógica altamente avançada. Mas o movimento espírita reduziu tudo isso a uma seita de proporções acanhadas, com rivalidades por cargos, com um entendimento meramente religioso (o que inclui de novo misticismo, hierarquias e dogmas), desprezando o aspecto científico, ignorando a filosofia e a pedagogia. 

Dessa forma, não pode atender às ansiedades e carências do jovem contemporâneo. Idolatria a determinados médiuns, que passaram a ser os “gurus” do movimento espírita; livros superficiais, na linha de auto-ajuda; a exploração comercial de livros “espíritas” fracos no conteúdo e na forma; o desconhecimento e até o desprezo da figura e da obra de Kardec (e não se trata de falar em Kardec, porque todos falam dele e o usam, mas de compreender de fato a sua proposta); o autoritarismo nos centros e nas federações… são apenas alguns dos problemas que as cabeças mais pensantes identificam. Já na década de 1970, Herculano Pires alertava contra tudo isso. De lá para cá, a coisa piorou muitíssimo. É com isso que vamos fazer uma Nova Era? Copiando o misticismo, a irracionalidade e o autoritarismo das formas institucionais passadas? 

Devemos voltar às origens e ao mesmo tempo dialogar com a cultura contemporânea. Voltar às origens é nos inspirarmos em Kardec, Léon Denis, Gabriel Delanne etc.; no Brasil, em Herculano Pires, Bezerra de Menezes, Eurípedes Barsanulfo, e, como modelo de mediunidade séria, equilibrada e avessa a toda essa idolatria vigente, cito a grande Yvonne Pereira. E dialogar com o mundo é estar presente, nas universidades, nos movimentos sociais, na vida contemporânea e não nos tornarmos uma seita isolada e alienada!!!… Com isso sim, podemos formar uma juventude embebida em ideiais elevados e firme em suas convicções e preparada para enfrentar os desafios de hoje e de amanhã. 



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