Corrigir-nos sim, e sempre.
Condenar-nos, não.
Valorizemos a vida pelo que a ida nos apresente de útil e belo, nobre e grande.
Mero dever melhora-nos, melhorando o próprio caminho, em regime de urgência;
todavia, abstermo-nos do hábito de remexer inutilmente as próprias feridas, alargando-lhes a extensão.
Somos espíritos endividados de outras eras e, evidentemente, ainda não nos
empenhamos, como é preciso, ao resgate de nossos débitos; no entanto, já
reconhecemos as próprias contas com a disposição de extingui-las.
Virtudes não possuímos; contudo, já não mais descambamos conscientemente para
criminalidade e vingança, violência e crueldade.
Não damos aos outros toda a felicidade que lhes poderíamos propiciar, entretanto,
voluntariamente não mais cultivamos o gosto de perseguir ou injuriar a quem seja.
Indiscutivelmente, não nos dedicamos, de todo, por enquanto, à prática do bem,
como seria de desejar; todavia, já sabemos orar, solicitando da Divina Providência nos
sustente o coração contra a queda no mal.
Não conseguimos infundir confiança nos irmãos carecentes de fé; no entanto, já
aprendemos a usar algum entendimento no auxilio a eles.
Por agora não logramos romper integralmente com as tendências infelizes que
trazemos de existências passadas, mas já nos identificamos na condição de espíritos
inferiores, aceitando a obrigação de reeducar-nos.
Servos dos servos que se vinculam aos obreiros do Senhor, na Seara do Senhor,
busquemos esquecer-nos, a fim de trabalhar e servir.
Para isso, recordemos as palavras do Apóstolo Paulo, nos versículos 9 e 10, do
capítulo 15, de sua Primeira Carta aos Coríntios:
“- Não sou digno de ser chamado apóstolo, mas, pela graça de Deus, já sou o que sou.”
Emmanuel
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