1. No homem existe algo mais que matéria e princípio vital. O homem pensa e tem consciência plena de sua existência; relaciona ideias, estabelece conceitos, elabora juízos, constrói raciocínios, tira conclusões e, servindo-se do instrumento maravilhoso da linguagem, comunica tudo isto aos seus semelhantes.
2. "Cogito, ergo sum", escreveu Descartes ("Penso, logo existo"). Eis o que Descartes quis dizer:
- Penso; ora, a matéria por si mesma não pensa; logo, existe em mim, além do corpo material, algo mais, que é o agente do meu pensamento, em virtude do qual, portanto, existo como ser inteligente.
Esse é um raciocínio perfeitamente lógico e conforme à mais pura razão humana. Deveria bastar para que nenhuma dúvida existisse no homem a respeito de que nele vive um Espírito, isto é, um ser imaterial, porém real, independente do corpo e a ele sobrevivente.
3. Outras faculdades existem ainda no homem, que nada têm a ver com a matéria, e que são funções de uma consciência individual superior, sobrelevando sobre todas o senso moral.
Há, contudo, indivíduos descrentes que vivem na negação ou apenas em dúvida, pois no fundo do seu ser hão de ter a mesma aspiração, natural, de toda criatura: não morrer.
Deus, então, em sua infinita bondade e amor, como Divina Providência que é, concedeu ao homem, com as manifestações espíritas, a prova de que nele vive um Espírito e que esse Espírito sobrevive à morte.
Bibliografia:
O
Livro dos Médiuns, de Kardec, item 83.
No
Invisível, de Léon Denis, pp. 185 a 186 e 202 a 203
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