Em muitas ocasiões propomos a Benfeitores Espirituais determinados serviços que, acima de tudo, são oportunidades de trabalho que o Senhor, abnegado e vigilante, nos oferece.
Enunciamos rogativas e relacionamos diversos quadros de ação para a caridade.
O doente de certa rua.
O parente necessitado.
O obsesso que sofre não distante.
A casa conflagrada do vizinho.
O companheiro algemado ao leito.
O amigo em prova inquietante.
Os obreiros da Espiritualidade movimentam-se e ajudam, devotados e operosos; contudo, em suplicando o socorro alheio, não nos cabe olvidar o socorro que podemos prestar por nós mesmos.
É indispensável acionar as possibilidades da nossa cooperação fraterna, os recursos ainda que reduzidos de nossa bolsa, o nosso concurso pessoal, o nosso suor e as nossas horas, a benefício daqueles que a sabedoria Divina situou em nossa estrada para testemunharmos a própria fé.
Diante da turba faminta, ouvindo as alegações dos discípulos que lhe solicitavam a atenção para as necessidades do povo, disse-lhes o Senhor:
- "Dai-lhes vós, de comer...”.
E os discípulos angariaram diminuta porção de alimentos, antes que o Mestre a convertesse em pão para milhares.
A lição é expressiva.
Não basta rogar a intervenção do céu, em favor dos outros, com frases bem feitas, a fim de que venhamos a cumprir o nosso dever cristão.
Antes de tudo, é necessário fazer a nossa parte, quanto nos seja possível, para que o bem se realize, de modo a entrarmos em sintonia com os poderes do bem eterno.
Emmanuel / Chico Xavier - Livro: Palavras de Vida Eterna
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