Vivaldo,
Você escreveu este livro
Nas mais doces esperanças
E ele se fez alto escrínio
De nossas próprias lembranças.
Li todas essas páginas
De carinho imortal,
Recordando a beleza
De nosso amor plural.
O passado é um conjunto
De lições mal-dormidas
Que se guarda e se renova
No campo de nossas vidas.
Conservo na memória
O que sonhei e fiz
Para ter a nossa casa
Sempre mais bela e feliz.
Lourdinha era a nobre mãe,
Atenta a princípios sãos.
Eu ia buscar as flores
Que lhes ofertava às mãos.
O nosso formoso lar
Estava numa campinha.
De Lourdinha e de você
Eu era a feliz menina.
Onde foi? Não nos lembramos,
Nas lutas de Cá e Lá...
Aguardemos trabalhando.
O Tempo, que é sábio mudo,
O Tempo que sabe tudo,
Um dia, nos contará.
Lourdinha e eu somos almas
Que amamos o seu caminho,
Você mesmo em senda estreita,
Jamais estará sozinho!
Quantas vidas já tivemos
Seguindo os anseios seus
Repetindo o amor plural,
Mas sempre nas Leis de Deus!
Amor plural para nós
Sob a lei, que maravilha!
Sou sempre feliz no trio:
Você, Lourdinha e eu por filha!...
Poema recebido pelo médium Francisco Cândido Xavier, em reunião íntima
da noite de 8 de novembro de 1992,
em Uberaba, Minas
Pesquisado em http://www.mkow.com.br/poesia3.htm
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