Centro Espírita Claudionor de Carvalho: SEXTA-FEIRA no Centro Espírita Claudionor

Sentir o prazer de ser útil, desinteressadamente, é remédio eficaz contra o egoísmo que infecta a sociedade

Numa sociedade doente, cujo mal é o egoísmo, precisamos levar de novo às crianças os conceitos de bem e de mal, do certo e do errado, pese embora a relatividade de tais conceitos. É necessário que mudemos por dentro, que procuremos identificar as nossas tendências viciosas, os nossos erros, para que sempre que a oportunidade surja, possamos sentir o prazer de os conseguir ultrapassar. Sem ânsias de perfectibilidade, devagar mas sem cristalizar, o homem precisa de evoluir moralmente.

De acordo com os espíritos, Jesus foi o ser mais perfeito que esteve à face da Terra, e como tal deve ser tomado como guia e mestre. Não só ensinou a prática do bem, da fraternidade, do «fazer ao próximo aquilo que desejamos para nós», como exemplificou, privando com prostitutas, com agiotas, com os doentes da alma, dando assim o exemplo da fraternidade, da amizade desinteressada.

2000 anos depois, os espíritos que se comunicam connosco, seres no corpo de carne, através dos médiuns, insistem na necessidade da renovação moral da humanidade.

Precisamos incutir nas nossas crianças a noção do dever, a noção do serviço público, a noção do auxílio mútuo desinteressado, a noção da honestidade, a noção de que o ser vale pela moral que transporta no imo e não pela conta bancária que ostenta com esta ou aquela marca de automóvel mais potente ou com esta ou aquela casa mais luxuosa.

Precisamos mudar por dentro, se quisermos mudar o tecido social em que estamos inseridos.

Os espíritos insistem na necessidade da renovação moral da humanidade. É preciso mudar de atitude...

Sem uma meditação diária sobre os propósitos da vida, sem uma sêde de espiritualização, sem acções fraternas, que exemplos daremos àqueles que amanhã serão os nosso governantes, os implementadores de políticas sociais?

Como criticá-los amanhã se hoje dermos o exemplo do egoísmo, da corrupção, do compadrio, da desonestidade, da sêde desenfreada do ter?

«A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória» advertira-nos Jesus de Nazaré, como que alertando-nos que embora com o nosso livre-arbítrio, somos sempre os senhores responsáveis pela nossa desdita ou pela nossa tranquilidade, como corolário dos actos que praticamos no nosso quotidiano.

Mudar por dentro é preciso... para que possamos mudar o mundo que nos rodeia e aos poucos fazer da sociedade aquilo em que dizemos acreditar: uma sociedade mais feliz, pacífica, fraterna, assente na ética, na moral cristã.

SEGUNDA NOITE DA JORNECC