O sofrimento em comum é agente bendito de unificação, ensinando-nos a esquecer preocupações descabidas e aflições excedentes, porquanto, nas horas amargas somos naturalmente induzidos a contar uns com os outros.
Entretanto, quando a tempestade se vai, deixando-nos o passo, em céu azul, eis-nos em nós mesmos, conosco, na intimidade de nossos pontos de vista. E aí surge o grande problema – o problema de render-nos ao trabalho do bem, de tal modo que não disponhamos de tempo para vincular-nos em demasia às nossas opiniões próprias.
Disso concluímos que a influência do conforto e da prosperidade constitui em si precioso ingrediente da vida que nos cabe aproveitar em serviço e mais serviço no bem de todos.
Há quem diga que a felicidade do céu é diminuir a infelicidade da Terra ou extinguir esse mesmo infortúnio.
Verdade bela e simples, ser-nos-á lícito transferi-la para o nosso caminho pessoal, compreendendo que a felicidade maior dos que se tornam felizes será sempre atenuar a infelicidade que ainda assedie a existência dos nossos irmãos menos felizes.
Deus nos subtrai a dificuldade para que aprendamos a suprimi-la da estrada alheia.
Ajuda-nos para que ajudemos. Abençoa-nos para que nos habituemos a abençoar.
Reconheçamos assim que a tranqüilidade e a alegria nos bafejam para que venhamos a mobilizá-las no trabalho do bem geral.
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