Se não for para vivenciar a mensagem da
Doutrina Espírita com sinceridade, será bem melhor que você se abstenha de professá-la
ostensivamente...
Melhor que você não complique o seu carma,
aventurando-se no caminho da mediunidade leviana e mercenária...
Melhor que você não comprometa o destino,
agindo de maneira arbitrária e castradora junto aos humildes companheiros de
tarefa...
Melhor que você, diante da Lei de Causa e
Efeito, não assuma pesados compromissos, fazendo vistas grossas à mentira...
Melhor que você, após a desencarnação, não
atinja o Plano Espiritual em lamentáveis condições, efetuando, em nome da fé,
política rasteira de bastidores...
Melhor que você não chegue, ao término da
existência terrena, entristecido consigo mesmo, conspirando contra o esforço de
quem realmente tem procurado servir...
Melhor que você se anule em todas as suas
ambições de poder dentro do Movimento, e não aspire a nada além que cumprir com
o seu considerado obscuro dever de cada dia...
Melhor que você – muito melhor –, à face dos
perigos espirituais a que se encontra exposto, seja sempre o apedrejado, e
nunca o apedrejador...
Melhor que você se apequene ao máximo e se
deixe pisar, do que, em se agigantando, venha, mesmo inadvertidamente, pisar em
que seja...
Melhor que você, em vez de aplausos que o
iludam quanto às suas necessidades de corrigenda, conte apenas com apupos que o
façam reconhecer a sua própria insignificância...
Melhor que você não disponha de recursos
quaisquer, que, chamado a administrá-los, termine por desviá-los de suas
finalidades...
Melhor
que você seja constante alvo de críticas, nas vacinas diárias que o preservem
do contágio da vaidade e do personalismo que têm adoecido a tanta gente boa...
Melhor
que você cometa o pecado da gula, e outras blasfêmias mais, do que, conforme
advertência de Jesus, blasfemar contra o Espírito Santo, de dificílimo
perdão...
Repito: se não for para vivenciar a mensagem
da Doutrina Espírita com sinceridade, será bem melhor que se abstenha de
professá-la ostensivamente, e, munido de vara com linha e anzol, que vá pescar
na beirada de um rio, onde a única obsessão que, com certeza, você irá suportar
será a dos mosquitos borrachudos – e assim mesmo se não usar repelente!...
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 6 de agosto de 2012.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Se for mensagem de amor, pode postar!