Pensando em Deus, pensa igualmente nos
homens, nossos irmãos. Detém-te, de modo especial, na simpatia e no amparo
possível, em favor daqueles que se fizerem pais ou tutores.
As mães são sempre revelações angélicas
de ternura, junto aos sonhos de cada filho, mas é preciso não esquecer que os
pais também amam...
Esse perdeu a juventude, carregando as
responsabilidades do lar; aquele se entregou a pesados sacrifícios, apagando a
si mesmo, para que os filhos se titulassem com brilho na cultura terrestre;
outros se escravizaram a filhinhos doentes; muitos foram banidos do refúgio
doméstico, às vezes, pelos próprios descendentes, exilados que se acham em
recantos de imaginário repouso, por trazerem a cabeça branca por fora, e, em
muitas ocasiões alquebradas por dentro, sob a carga de lembranças difíceis que
conservam em relação aos infortúnios que atravessaram para que a família
sobrevivesse, e, ainda outros renunciaram à felicidade própria, a fim de se
converterem nos guardais da alegria e da segurança de filhos alheios!...
Compadeçam-te de nossos irmãos, os
homens, que não vacilaram em abraçar amargos compromissos, a benefício daqueles
que lhes receberam os dons da vida.
Ainda mesmo aqueles que se transviaram
ou enlouqueceram, sob a delinquência, na maioria dos casos, nos merecem respeitoso
apreço pelas nobres intenções que os fizeram cair.
A vida comunitária, na Terra de hoje,
instituiu datas de homenagens às profissões e pessoas.
Lembrando isso, reconhecemos, por nós,
que o Dia das Mães é o Dia do Amor, mas reconhecemos também que o Dia dos Pais
é o Dia de Deus.
(Do livro "Seara de Fé",
Emmanuel, Francisco Cândido Xavier).
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